quinta-feira, 17 de abril de 2008

No fim das contas...

Apresentamos o conceito de jornalismo colaborativo, citamos exemplos, mostramos os prós e os contras. Agora vamos mostrar a nossa opinião sobre os assuntos abordados.Nos comentários deste post cada moderador do blog colocará a sua opinião.

sábado, 5 de abril de 2008

Subjetividade no Jornalismo Colaborativo

O mito da objetividade da comunicação jornalística ainda orienta as opiniões e proposições feitas por jornalistas, e pessoas em geral, sendo esta uma das maiores críticas feitas atualmente ao jornalismo colaborativo ou jornalismo cidadão.
Neste tipo de Jornalismo, normalmente há uma interação entre o jornalista, que atua como selecionador dos conteúdos, e as pessoas sem formação jornalística, que levantam conteúdos e produzem matérias a serem veiculadas em um respectivo meio de comunicação. A crítica no que se refere à subjetividade advém do fato de que estas pessoas, ao produzirem suas matérias, tenderão a expressar suas convicções pessoais, posições políticas, e privilegiarem os grupos sociais a que pertencem, defendo o que lhes favorece.
Não queremos e nem precisamos questionar os argumentos levantados por esta crítica, mas podemos levantar algumas questões, já que diante de uma simples pesquisa e análise do conteúdo jornalístico apresentado na mídia, conclui-se facilmente sobre os posicionamentos defendidos por jornalistas ou pelas empresas de comunicaçãso, colocando abaixo, dentro do jornalismo, o mito da objetividade como função precípua de todo material jornalístico. Portanto não se deve criticar esta forma interativa de se produzir material jornalístico, levando-se em consideração somente o argumento da objetividade, pois o mesmo está também presente em quase todos os setores do jornalismo tradicional, se apresentando de forma clara na defesa de posições individuais em detrimento do interesse coletivo, sem um maior comprometimento ético de levar ao público a informação eivada de vícios.
Sendo assim, deve-se analisar outros argumentos mais condizentes e diferenciados dentro do jornalismo colaborativo, fazendo uma comparação mais saudável com o jornalismo tradicional, sem usar de má fé para com esta nova modalidade de jornalismo que conquista um número maior de adéptos a cada novo dia.

Jornalismos para Diversos Públicos

Comunicação pressupõe a existência de um emissor e um receptor. Democracia pressupõe liberdade de expressão. O jornalismo Cidadão existe e ganha força na conjugação destas duas suposições.
Ao buscar cativar um público receptivo ao material jornalístico, desde o surgimento da comunicação de massa, procura-se, cada vez de forma mais diversificada, trabalhar a forma da mensagem que será transmitida por determinados meios de comunicação. É neste contexto que se insere o jornalismo cidadão, sendo mais uma das muitas opções para transmitir a informação ao um público receptor, seja o leitor, ouvinte, telespectar ou internauta.
E da mesma forma que há variadas formas para apresentação e transmissão da mensagem jornalística, também há variados públicos, que, ao viverem em uma democracia, poderão usar de sua liberdade em escolher a forma que mais lhes agrada. Sendo assim, criticar o jornalismo cidadão significa desconsiderar o público que deseja, não somente receber, mas também participar de forma mais direta da elaboração de mensagens informativas comunicacionais, ficando-nos a certeza de que todas as formas de jornalismo apresentam pontos positivos e pontos negativos, em sua base teórica e/ou prática. Sendo assim, não tenhamos dúvida de que também o jornalismo tradicional está repleto de vícios que prejudicam seu melhor desempenho no cumprimento da função jornalística.
Portanto, deixemos ao público, do qual fazemos parte, a escolha por este ou aquele tipo de jornalismo que mais os agrada, e melhor se adapta ao seu tipo de vida. Tenhamos certeza, porém, de que o jornalismo cidadão vive uma fase ascendente na conquista de público, enquanto outros “jornalismos” já chegaram ao auge em tempos atrás e vivem hoje uma em fase de pleno declínio.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Rádios comunitárias



O jornalista é o profissional que lida com notícias, dados e divulgação de informações. Muitas vezes, seu trabalho é gerido por um meio de comunicação com interesses próprios, subjulgando a imparcialidade do profissional em prol de benefícios do determinado órgão. A Mídia Corporativa ('Grande Mídia') é a principal protagonista na distorção de fatos e na publicação de pontos de vista tendenciosos, colocando em risco a própria credibilidade.
A Mídia Independente surge como forma de combate às ideologias dos grupos que dominam a ordem atual da sociedade. Com a proposta de promover a democracia e a pluralidade de opiniões, permite que pessoas da própria comunidade tornem-se os difusores da notícia. Cria-se assim uma horizontalidade de informações e de pontos de vista, atraindo um público cada vez maior.
No Brasil, esse tipo de mídia é especialmente encontrada nas diversas rádios comunitárias espalhadas pelo país. As rádios valorizam a cultura local, e assim rompem com o monopólio das comunicações em massa. Nelas, qualquer pessoa está apta a assumir a posição de programador, locutor ou até mesmo DJ. Assim o ouvinte não só atua como agente passivo, sendo responsável pela participação ativa na construção da emissora.
O CMI (Centro de Mídia Independente, já mencionado neste blog) possui projetos coletivos em rádios comunitárias por todo o Brasil, chamados de 'CMI no Ar', responsáveis por fornecer um panorama do que acontece no país e no mundo de uma perspectiva alternativa à vigente. Em Goiânia, o CMI colabora diretamente com a Rádio Grilo.
Ainda em Goiânia, é inevitável citar a Magnifica Mundi. Criada no ano de 2000, como um projeto da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG, baseada na produção laboratorial de um complexo tecnológico de WebTv e rádio. Apesar de não possuir equipamentos suficientes, ou contingente humano para transmissões mais frequentes, a Magnifica é um belo exemplo de como oferecer informações democraticamente, chamando a sociedade a contribuir com o funcionamento da rádio. Com uma grade variada de programas, a Magnifica é capaz de figurar entre um dos melhores projetos de mídia independente já criados no país.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Para todos os gostos

Há um amplo campo de trabalho para quem se interessa pelo jornalismo open source. A maior parte das pessoas acredita que há jornalismo participativo apenas na Internet através de blogs ou sites como o mega citado Ohmynews.com, o Centro de Mídia Independente entre outros. Porém o campo de atuação é muito maior. Rádios foram criadas sob esse sistema, divulgando notícias da comunidade em geral, fazendo denuncias e apelos sobre a situação de determinado bairro. São rádios de baixa freqüência, feitas pelos e para os próprios moradores. Esse tipo de rádio é muito comum em favelas. O exemplo mais conhecido atualmente é a “Radio Portelinha” da novela das oito (que se passa às nove horas) “Duas Caras” (rs).