sábado, 5 de abril de 2008

Subjetividade no Jornalismo Colaborativo

O mito da objetividade da comunicação jornalística ainda orienta as opiniões e proposições feitas por jornalistas, e pessoas em geral, sendo esta uma das maiores críticas feitas atualmente ao jornalismo colaborativo ou jornalismo cidadão.
Neste tipo de Jornalismo, normalmente há uma interação entre o jornalista, que atua como selecionador dos conteúdos, e as pessoas sem formação jornalística, que levantam conteúdos e produzem matérias a serem veiculadas em um respectivo meio de comunicação. A crítica no que se refere à subjetividade advém do fato de que estas pessoas, ao produzirem suas matérias, tenderão a expressar suas convicções pessoais, posições políticas, e privilegiarem os grupos sociais a que pertencem, defendo o que lhes favorece.
Não queremos e nem precisamos questionar os argumentos levantados por esta crítica, mas podemos levantar algumas questões, já que diante de uma simples pesquisa e análise do conteúdo jornalístico apresentado na mídia, conclui-se facilmente sobre os posicionamentos defendidos por jornalistas ou pelas empresas de comunicaçãso, colocando abaixo, dentro do jornalismo, o mito da objetividade como função precípua de todo material jornalístico. Portanto não se deve criticar esta forma interativa de se produzir material jornalístico, levando-se em consideração somente o argumento da objetividade, pois o mesmo está também presente em quase todos os setores do jornalismo tradicional, se apresentando de forma clara na defesa de posições individuais em detrimento do interesse coletivo, sem um maior comprometimento ético de levar ao público a informação eivada de vícios.
Sendo assim, deve-se analisar outros argumentos mais condizentes e diferenciados dentro do jornalismo colaborativo, fazendo uma comparação mais saudável com o jornalismo tradicional, sem usar de má fé para com esta nova modalidade de jornalismo que conquista um número maior de adéptos a cada novo dia.

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