domingo, 23 de março de 2008

Os dois lados do jornalismo cidadão

Telespectador e leitor não precisam se limitar a receber informações. No jornalismo cidadão (também chamado de colaborativo e participativo), um indivíduo sem formação jornalística tem a oportunidade de participar do processo de produção e disseminação de notícias. Munido de tecnologia, um repórter-cidadão pode contribuir para o enriquecimento do material jornalístico da imprensa tradicional com vídeos, fotos e opiniões críticas.

O repórter-cidadão encontra no espaço virtual o ambiente perfeito para desmontar a forma tradicional de divulgar notícias. O tom sério da imprensa profissional é transformado em debate em sites de jornalismo cidadão. Na rede, o repórter-cidadão alcança grande número de pessoas, trata de temas relativos ao interesse comum e específico e pode influenciar a opinião pública.

No entanto, uma maneira tão aberta e rápida de se publicar informações deixa frestas para muitas deficiências. A informação transmitida pode conter tanta opinião pessoal, em alguns casos, a ponto de a realidade ser distorcida. Há ainda a necessidade de atualização constante (principalmente no caso de blogs, flogs, vlogs e podcasts), o que explica a publicação de informações desinteressantes ou pouco autênticas.

Por um lado, esse modelo jornalístico permite que o cidadão exerça seus direitos democráticos e participe dos acontecimentos mundiais. Por outro lado, deixa margem para fraudes e uso abusivo da liberdade de expressão. Contudo, a despeito de todos os problemas que possui, o jornalismo cidadão tem alcançado certa organização e se solidificado na mídia.

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