quarta-feira, 26 de março de 2008

Sufrágio quase universal

O papel do jornalista, assim como a prática jornalística e outras tantas práticas, mudou com o tempo, o do jornal não. Ainda hoje, embora não nas mesmas circunstâncias, o papel do jornal é informar o público, e por conseqüência, o jornalista é responsável por eleger o que é informação. E tem sido assim desde o inicio da imprensa. Isso também mudou, ou está mudando.
Um 'grande lance' do jornalismo colaborativo é a divisão dessa responsabilidade. Segundo algumas teorias do jornalismo, a informação ocupa um lugar importante na sociedade globalizada, sendo indispensável. E, o conjunto das informações levadas ao público forma a 'realidade'.
Saindo das explicações acadêmicas, um grupo restrito de pessoas, os jornalistas, acaba responsável pela construção da realidade de milhões de pessoas, apenas por ter uma determinada formação acadêmica, ou nem isso. Esse ideário do jornalismo acaba se tornando arbitrário. Por mais útil que seja saber qual é o novo presidente de algum país da Europa, e por mais que isso atinja a população, outros acontecimentos interessam mais, simplesmente por estarem mais diretamente relacionados, é aqui que a participação do público na eleição do que é noticia torna-se, quase um direito básico. Poder ter acesso a um determinado tipo de informação que com certeza o interessa, conhecer os fatos que vão atingi-lo em pouco tempo e com conseqüências. Aqui, um aspecto da democracia, e a regionalização da informação, citados nos dois textos anteriores.
Quando os colaboradores desses jornais são intitulados 'jornalistas', nenhuma profissão está sendo usurpada, e nem poderia. É sabido que em todos os jornais colaborativos há um profissional responsável, agora não pela escolha, mas pela técnica. A publicação de acontecimentos exige certos cuidados, que serão tomados pelo profissional do jornal.

1 comentários:

Anônimo disse...

É exatamente esse tipo de pensamento, visão que se tem que ter.

Abraço